quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Platônico

Em uma noite incomum, estavam parados dois amigos ao lado de uma lanchonete conversando, quando 1 deles, reparou em um pequeno grupo de garotas sentadas do outro lado da rua. Dentre elas havia uma menina morena índia, de estatura baixa, com cabelos pretos, longos e pouco encaralacolados, os olhos cor de jabuticaba e com o olhar da mais brava ressaca do mar, seu rosto transmitia paz e bem estar ao rapaz,  estava vestida com uma camisa branca e o jeans básico. O jovem ficou admirado com a garota.

O admirador usava seu cabelo maior do que o convencional para a moda, não era tão especial assim, mas para ele era lindo pois lhe dava o ar de garoto de que ele tanto gosta, sua estatura era média pois era magro apesar de um pouco alto, descansava-se sentado em uma mureta da faculdade depois do dia exaustivo no trabalho. Os olhos da cor do café, avermelhados e caidos, chamaram a atenção da garota. O olhar que transmitia toda a admiração do rapaz, um olhar visionário e decidido e conciliado com a feição gentil e tranquila em seu rosto, como quem observa a mais bela imagem.

Ao perceber o rapaz que a admirava a moça passou a observá-lo e a conversar com as amigas. Pouco a pouco elas foram reparando no garoto sentado do outro lado da rua. Ao levantar-se, ela ficou de frente para o rapaz e levemente arrumou o cabelo e sorriu, deixando rastros para que ele percebe-se. Seguindo seus rastros e trocando olhares foi estipulado a sintonia entre o casal.
Vendo a sua musa caminhar em sua direção o rapaz alegra-se, seu coração palpita e suas pupilas se dilatam como a de um predador, ele observa o caminhar e todas as reações da garota. Ela aproxima-se e os dois fitam-se nos olhos, para dizer que estão ali. Distraida pelas amigas ela desvia o olhar e acaricia seus cabelos de modo a mostrar a orelha. Surge no rapaz um sentimento estranho, um misto de concretude e frustração, de confiança e insegurança. Nada daquilo parecia real para o rapaz.

Ela entra na lanchonete e ele fica ali sentado a admirar sua musa em seus pensamentos, até se perde neles e deixar que todo e qualquer amor se torne apenas Platônico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário